Você já deve ter ouvido falar do leite a2a2, e ficou pensando o que diferente ele tem do comum ?
O leite A2, muitas vezes chamado de a2a2, é um tipo de leite proveniente de vacas com o genótipo a2a2 é obtido a partir de animais selecionados e capazes de produzir apenas a beta-caseína A2, uma das proteínas do leite. Esse leite não desencadeia reações inflamatórias no organismo que provocam a má digestão ou fermentação. No entanto, ele é apenas indicado a quem tem dificuldade de digerir a beta-caseína A1. Diante deste contexto, o leite contendo somente beta-caseína a2 passa a ser uma alternativa de melhor digestão para aqueles indivíduos que não são alérgicos e que sentem algum grau de desconforto abdominal ao ingerir leite.
O gene CSN-2 do bovino e de todos os outros mamíferos é responsável pela produção de beta-caseína, que possui 13 diferentes variantes, dentre elas as mais comuns são a A1 e a A2. A diferença entre estas duas variantes é possível devido a uma mudança na sua sequência de nucleotídeos, que permitem que no momento da construção da cadeia de aminoácidos da “beta-caseína” modifiquem a sua sequência produzindo o aminoácido histidina (no alelo A1) e prolina (no alelo A2) na posição 67 da cadeia de aminoácidos, ambos se ligam ao aminoácido Isoleucina .
Quais os benefícios de consumir o leite a2a2 ?
A ingestão de leite a2a2 (proveniente de vacas com o genótipo A2A2) poderia ser uma alternativa para pacientes com sensibilidade no sistema digestivo ao ingerir leite, bem como poderia causar benefícios para pacientes portadores destas patologias. É importante ressaltar que o leite não é um vilão para a saúde de seus consumidores e que seus benefícios são fortemente comprovados. Além disso, o leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 não busca substituir o leite, e sim somar, proporcionando outra alternativa para os consumidores.
Como é produzido?
O gene da beta-caseína A2 (CSN-2) é responsável pela formação dos genótipos nos animais, que podem ser homozigotos (A1A1 e A2A2) ou heterozigotos (A1A2), tudo dependerá de seus pais. Para que se saiba a frequência destes genótipos no seu rebanho é necessário que se faça a genotipagem dos animais. Não é necessário que 100% do rebanho de uma propriedade seja de animais com genótipo A2A2.
As granjas leiteiras que já genotiparam seus animais e foram certificadas, estão aptas a produzir leite proveniente de vacas A2A2 no Brasil, pois assim podem separar as vacas A2A2 em lactação que entram primeiro na linha de ordenha, sendo o leite separado imediatamente. Posteriormente, entram na linha de ordenha os outros animais do rebanho com os genótipos A1A1 e A1A2 (o lote de animais que produz o leite com mistura do alelo A1 e A2). Esta técnica de manejo visa evitar que o leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 se misturem aos outros, garantindo a eficiência e idoneidade da produção de ambos os produtos.
O leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 está no mercado como mais uma alternativa para que os consumidores de leite possam consumir este alimento. Além disso, como já citado anteriomente, também pode ser uma alternativa para pessoas que possuem algum desconforto gastrointestinal ao consumir leite.
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